Há 500 anos atrás, pouca coisa
acontecia em um século. Agora muita coisa acontece em apenas 6 meses. Estamos
cada vez mais imergidos em nossa tecnologia, nos fundindo com ela. À medida que
a aprimoramos, nós também nos tornamos mais aprimorados, evoluindo nossas
capacidades antigas e descobrindo outras novas.
A tecnologia nos acompanha desde
o início de nossa espécie. Desde o momento em que pegamos um graveto para
alcançar um fruto em uma árvore, aprendemos a controlar o fogo ou moldamos o
ferro, estamos estendendo nossas habilidades em nosso benefício. Estamos
ampliando nossas capacidades físicas e mentais para moldar o mundo a nossa
volta.
A tecnologia vem sendo então a
única ferramenta capaz de solucionar problemas e redescobrir novos horizontes. E
cada vez mais ela alimenta a si própria, crescendo cada vez mais e a um ritmo
cada vez mais acelerado.
O grande erro ao lidarmos com
nossa evolução é acreditar que ela ocorre em um crescimento linear. Com esta
visão, podemos não enxergar o quanto avançamos em períodos de uma ou duas
décadas. Porém, a natureza do progresso tecnológico é exponencial. As mudanças
alcançadas em um ano são hoje muito maiores do que as mudanças alcançadas neste
mesmo período de tempo há 10 anos atrás.
Se contarmos linearmente de 1 a
30, depois de 30 passos chegaremos ao 30. Mas se contarmos exponencialmente,
após os mesmos 30 passos chegaremos ao 1 bilhão. É uma diferença dramática.
A razão para este crescimento é
que usamos a tecnologia inventada para criar a próxima. Cada geração de
tecnologia cresce exponencialmente em capacidade e a velocidade deste processo
se acelera ao longo do tempo.
Podemos hoje averiguar que o poder dos semicondutores é exponencial. A cada 2 anos, podemos colocar o dobro de componentes em um chip e assim torná-lo mais rápido. Processos evolutivos em geral possuem este comportamento. Mesmo antes dos seres humanos evoluírem, já se observava o mesmo fenômeno no planeta (estes dois casos serão devidamente tratados futuramente).
Podemos hoje averiguar que o poder dos semicondutores é exponencial. A cada 2 anos, podemos colocar o dobro de componentes em um chip e assim torná-lo mais rápido. Processos evolutivos em geral possuem este comportamento. Mesmo antes dos seres humanos evoluírem, já se observava o mesmo fenômeno no planeta (estes dois casos serão devidamente tratados futuramente).
Sempre usamos tecnologia inventada
para criar a próxima tecnologia. Portanto, o ritmo da tecnologia acelerou.
Crescendo a um nível cada vez maior, a mudança ficará ainda mais rápida nas
próximas décadas. Chegaremos a um momento em que as mudanças serão tão rápidas,
seus efeitos tão profundos, que todos os aspectos da vida humana serão
irreversivelmente transformados.
Este é o ponto que chamamos de Singularidade Tecnológica. Então não
nos restará outra alternativa a não ser expandir nossas capacidades para
acompanhar este processo. Não haverá uma clara distinção entre humanos e
máquinas. Computadores estarão em nossos cérebros e corpos. Seremos um híbrido
de inteligência biológica e artificial. Teremos a oportunidade de transcender
tudo aquilo que conhecemos. Estaremos profundamente integrados com a tecnologia
que criamos, teremos máquinas mais inteligentes que nós. Este novo paradigma
nos tratará avanços hoje impensáveis nos campos da genética, nanotecnologia e
robótica. Teremos possibilidades completamente novas: poderemos reprogramar
nossa biologia, deter o envelhecimento, poderemos imergir em realidades
completamente virtuais, reproduzir nossa consciência e transferi-la para
computadores, viveremos indefinidamente, alcançaremos a imortalidade.
Um evento jamais visto ou
imaginado antes pela humanidade se aproxima. De acordo com os padrões de
crescimento observados, em 2029 computadores alcançarão o nível humano, se
tornarão mais inteligentes que nós, se tornarão conscientes. Serão autônomos,
poderão se autoreparar e automelhorar. Alcançarão uma inteligência bilhões e
bilhões de vezes maior que a nossa.
E em 2045 poderemos finalmente experimentar a Singularidade Tecnológica.
E em 2045 poderemos finalmente experimentar a Singularidade Tecnológica.
Nos próximos posts discutiremos com mais precisão a Singularidade Tecnológica, suas implicações e a base de teses que a fundamentam.
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