A inteligência artificial está
cada vez mais presente ao nosso redor. Enviamos e-mails, utilizamos cartões de
crédito, possuímos sistemas de localização por satélites... Poderíamos citar
uma infinidade de tarefas hoje realizadas por computadores que antes somente
humanos poderiam realizar.
Mas na verdade a inteligência
artificial ainda é algo ainda bastante limitado. Costumamos pensar em nossas
máquinas como avançadas em relação a nós. Em parte isto é verdade. Enquanto mal
conseguimos nos lembrar de alguns telefones e datas, elas possuem um
armazenamento ilimitado em comparação a nós, podem através da Internet ter
acesso a todo o conhecimento humano. Mas o seu poder de computação é na verdade
bem inferior em relação ao cérebro humano.
Costumamos pensar em nossas emoções
como algo inferior. Muitas correntes filosóficas vêem nossos sentimentos e
emoções como fragilidades, obstáculos a um crescimento maior do espírito. Mas é
justamente este diferencial que torna o ser humano único.
Possuímos uma sutileza única em
nossa inteligência. Uma sutileza que nos permite um reconhecimento de padrões,
tomadas de decisões e autonomia que nos torna seres conscientes e capazes de
construir conhecimento próprio. Possuímos um potente hardware: o cérebro
humano. E sobre ele roda um fantástico software que não possui equivalentes no
mundo em termos de complexidade e refinamento: a nossa consciência.
Um computador padrão de hoje, ou
seja, um computador de U$1000, possui uma capacidade por volta de 1010
cálculos por segundo. Isto equivale ao poder computacional do cérebro de um
rato. Mas enquanto nossa parte biológica permanece fixa, a computação cresce a
um nível exponencial. E em 2029 não haverá mais esta distinção, um computador
terá todo o nível de alcance da inteligência humana.
Teremos então uma combinação
poderosa e única, poderemos combinar nosso reconhecimento de padrões e sutileza
com as capacidades que as máquinas possuem. Este será o precursor da maior
mudança de paradigma da história da humanidade. A partir deste momento, as máquinas
poderão se tornar conscientes, compartilhar instantaneamente seu conhecimento. Terão
acesso ao seu próprio design e serão capazes de se aperfeiçoar a um nível de
rapidez cada vez mais incrível. A inteligência não biológica crescerá de tal
forma que seremos incapazes de segui-la, a menos que sejamos capazes de nos
fundir com a tecnologia que criamos.
Em 2045 chegaremos ao momento em
que haverá esta profunda cisão e transformação na capacidade humana. A inteligência
não biológica criada neste ano será 1 bilhão de vezes mais poderosa do que a
inteligência de toda a humanidade hoje. É por isso que chamamos este evento de
Singularidade Tecnológica.
Singularidade é um termo matemático
que exprime uma mudança brusca e repentina em um modelo. Deixamos de ter
transições suaves e o modelo efetivamente se quebra. Como em um buraco negro,
onde há uma quebra no modelo espaço-tempo e nós simplesmente não podemos ver o
horizonte de eventos por detrás dele. Assim também temos a Singularidade Tecnológica.
As transformações serão tão profundas, seus efeitos tão radicais, que não
podemos ter dimensão da transformação que iremos enfrentar. Transcenderemos
tudo o que conhecemos hoje, teremos possibilidades (e também riscos) que sequer
podemos imaginar. Um mundo completamente novo se abrirá e todos os conceitos
humanos serão profundamente transformados.
No próximo post veremos quais conseqüências este desenvolvimento trará
nas próximas décadas e como poderemos entender e recriar a capacidade
computacional do nosso cérebro.
Perfeito. Porém ainda acredito que podemos evoluir muito mais. E ainda temos muito que aprender quando o assunto é o cérebro humano.
ResponderExcluirNao quero nem imaginar uma máquina me dando ordens!!!
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